Road trip da França para Portugal

Postado por AP  |  26/09/2021

Um trajeto que costumávamos fazer em avião, voltamos a fazê-lo de carro. Saímos numa sexta à tarde, véspera de início das grandes férias de verão. Sempre muito trânsito para sair (e entrar) da região parisiense, sabíamos, mas decidimos enfrentar. Não foi a primeira road trip (e imagino não ser a última) que fazemos entre França e Portugal. Passando, lógico, pela Espanha. No total, ida e volta, quase 4 mil quilômetros. Da região parisiene ao Algarve, no extremo sul de Portugal.

Nas fronteiras terrestres passando de automóvel, nenhum controle de identidade. Óbvio, passou a ser praxe desde a integração de cada país no bloco europeu. Mas, agora, com a “obrigação” da vacina contra covid, esperávamos que verificassem o nosso QR code, mas, não. Essa solicitação ficou nos aeroportos, portos, estações de trem. E, pelo que muitos viajantes contaram, não foi sistemática. Independente disso, antes de viajar, verifique sempre as regras e saia de casa com todos os exames e documentos necessários. Precisa de auxílio? Chame-nos: info@brasil-europa.com

 

TEMPO E ESPAÇO. AQUI E AGORA

A rapidez do avião, de certa forma, nos deixa mal acostumados. É muito prático e fácil. Principalmente quando o preço das passagens é competitivo. Mas, em caso de força maior e para evitar aglomeração, o carro volta a ser opção. É cansativo, mas aprendemos a cada quilômetro. Cada vilarejo, seus nomes peculiares. Muitos deles hoje nomes, marcas de vinhos, queijos, cosméticos, especialidades regionais conhecidos mundo afora. Para citar alguns: Bordeaux, Rocamadour, Jonzac.

Para quem não tem pressa e quer realmente viver cada trecho, vale ir pelas estradas nacionais. Não tem pedágio. Na maioria das vezes são apenas duas vias simples. O que facilita o acesso a qualquer cidadezinha. Daí é seguir até o Centro, que dá na igreja matriz, e acabar por encontrar um restaurante bom. Um produtor rural com produtos saborosos da estação. Quem está focado no destino, porém, a dica é ir pelas rodovias “autopistas”, geralmente com nomes que começam por A + um número. E, lógico, pagar pedágio. A maioria aceita cartão e é automático. Ou seja, é você com a máquina. Em alguns, cartão estrangeiro não passa. Portanto, tenha sempre dinheiro.

 

SEGURANÇA

Num longo trecho o cansaço chega logo e a prudência é vital. Mesmo se há dois que dirigem no carro e se alternam, vale parar. Os especialistas da condução recomendam uma pausa a cada 2 ou 3 horas de estrada. Esticar as pernas, alongar o pescoço, tomar um café. Para isso, ao longo de todo o trajeto, estão disponíveis gratuitamente áreas de piquenique com mesas, banheiros, lugar para estacionar, descansar. As mais estruturadas estão na França. Mas estão presentes nos três países. São locais relativamente seguros. Mas, fique sempre atento ao carro com malas, objeto de valor visível. Nem precisa explicar isso para brasileiro, não é?

Além dessas áreas, também há os clássicos postos de gasolina e conveniência. Neles tudo costuma ser o dobro do preço. Por isso, vale providenciar lanchinhos, comprados previamente num supermercado fora da estrada.

 

ONDE VALE A PARADA-VISITA

Do centro da França ao norte da Espanha, a paisagem estival composta florida com campos de girassóis a perder de vista é convidativa. A cada rio, ponte que atravessamos demarcando um novo território, região (estado), país. Dá vontade de parar em cada um para descobrir as belezas, cheiros e sabores regionais. O país basco tanto francês quanto espanhol, sempre me parecem saídos dum conto de fadas. Os túneis intermináveis cavados nos Pirineus. A região montanhosa, o mar logo ali. Uma gente cheia de orgulho da sua região. Se tiver de escolher só uma parada longa, sugiro essa. Além de ser quase que a metade do caminho.


praia em Biarritz

Dessa vez, escolhemos duas paradas mais demoradas. Para redescobrir Biarritz (país basco francês) à beira mar, cheia de charme e exclusividade. E Burgos (Castilla y Léon na Espanha) cidade histórica com resquícios medievais, caminho de Santiago de Compostela.


biblioteca no Centro de Burgos

Em todo caso, e de acordo com o interesse (tempo), vale a visita em cada região. A viagem poderia durar meses. Portugal sendo o nosso destino final, falaremos dele num texto a parte. E, antes de recomendar um itinerário, um serviço, um produto, experimentamos. Aquilo que aprovamos, incluímos nas nossas sugestões personalizadas para você. Para a sua próxima viagem de carro, avião, trem, a pé, conte com a curadoria de quem vive a Europa com a praticidade, corpo e alma.

praia do Pedrogão, no Centro de Portugal


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