Chantilly é um município a 50 quilômetros de Paris. No local, com o mesmo nome, fica um dos castelos mais conhecidos da França. Mas, além dele e ainda mais famoso, o quê vem à sua cabeça quando ouve este nome? Claro: o creme batido. Presente nas sobremesas mais saborosas da nossa memória afetiva.
A data e criador da iguaria, seguem incertos. Mas, de acordo com historiadores gastronômicos, terá sido no século 18. No início do reinado de Luís XVI. Em dias de tempo bom, os nobres iam passear nos jardins do castelo. Ali ficava o Laticínio do Príncipe de Condé renomado em toda Europa. Era o espaço de conservação de leite onde batiam um creme de qualidade reconhecida. Ele era servido com toda a pompa. Uma das convidadas, baronesa de Oberkirch se entusiasmava e voltava de lá falando da tal gostosura. Referia-se ao creme como “o de Chantilly”. E assim terá começado a ganhar fama.
Hoje, é um sucesso no mundo todo. E, para resgatar e perpetuar a tradição, um grupo local fundou a “Confraria dos Cavaleiros batedores de Chantilly”. Além de outros eventos, nos recebem num ateliê para contar o básico. E, óbvio, ensinar as três etapas crucias de como bater o creme. Sim, na sequência, podemos degustar sem moderação.
Corinne, nossa chef da Confraria.
Se o braço estiver forte e o fouet for firme - ou batedeira para os menos corajosos - é simples. Três etapas e três ingredientes: meio litro de creme de leite líquido fresco com um teor de gordura mínimo de 30%, 40g de açúcar de confeiteiro, algumas gotas de extrato de baunilha (ou meia fava). Começar por bater o líquido moderadamente. Quando tiver umas “ondas”, incluir o açúcar e a baunilha. Então, bater energicamente. Até o fouet ficar em pé no meio da tigela. Cuidado para não bater mais, pois pode virar manteiga.
Este é o ponto. Não bata mais.
As crianças também participam do ateliê e curtem cada etapa. Que tal passar um dia de barão e baronesa em Chantilly? Escreva-nos para um roteiro exclusivo.